As fontes de energia de um país dizem muito a seu respeito, podendo mostrar como anda sua economia, seu desenvolvimento e diversos outros fatores.

No Brasil, entre as fontes de energia mais utilizadas podemos citar: hidráulica, termoelétrica, eólica e solar.

Neste artigo, iremos discutir um pouco mais sobre a energia termoelétrica, sua importância nacional e os seus grandes impactos ambientais.

Como funciona a energia termoelétrica?

A energia termoelétrica é resultado da transformação de energia térmica em eletricidade. Essa conversão de energia é realizada nas chamadas usinas termoelétricas ou usinas térmicas. Nelas, ocorre a queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo.

A queima desses materiais é realizada para gerar calor - responsável por aquecer uma caldeira com água. Esta virará vapor que, por sua vez, será transportado por meio de tubulação até um recipiente, onde encontra-se uma grande turbina acoplada a um gerador. Com a pressão do vapor, a turbina passa a se movimentar, acionando o gerador e, assim, gerando eletricidade.

Após esse processo, o vapor é resfriado em um condensador, no qual a água retornará ao seu estado líquido, reiniciando o processo.

Usinas termoelétricas no Brasil

No Brasil, a primeira usina termoelétrica foi inaugurada em 1883 no município de Campos dos Goytacazes, localizado no Rio de Janeiro. Seu objetivo era prover eletricidade à iluminação pública e, para isso, contava com uma potência de 52 kW(kilowatts).

A partir disso, inúmeras outras unidades de produção de energia térmica foram criadas utilizando os recursos fósseis de nosso país. Em 2022, atingiu-se a marca de 2.513 empreendimentos responsáveis por gerar eletricidade por meio de termelétricas, somando uma potência instalada de mais de 30 milhões de kW.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nota-se que 11,19% da potência instalada refere-se às termoelétricas que utilizam da queima do carvão mineral; 58,9% da potência está relacionada ao uso de gás natural; 29,36% ao petróleo; e 0,54% a outros fósseis.

Atualmente, a usina Porto de Sergipe I é considerada a maior termoelétrica do Brasil – e da América Latina. Localizada em Barra dos Coqueiros, no Sergipe, sua capacidade instalada é de 1551 MW(megawatts) e está em operação desde março de 2020, sendo movida a gás natural.

Percebe-se como as termoelétricas representam uma fração importante de nossa matriz energética, uma vez que passaram a ser utilizadas como uma das principais responsáveis por suprir a demanda por eletricidade não atendida pelas hidroelétricas – principal fonte de energia no Brasil.

Desse modo, em momentos de crise hídrica, que pode levar a uma crise energética, as termoelétricas são acionadas.

Ou seja, quando as chuvas se tornam escassas, os reservatórios das hidroelétricas se esvaziam, impedindo a produção plena de eletricidade. Consequentemente, inicia-se um período em que há dificuldade para realizar o abastecimento de energia à população. Com isso, as termoelétricas passam a ser utilizadas.

Infelizmente, as termoelétricas são consideradas danosas ao meio ambiente, além de serem uma forma cara de geração de energia. Entenda melhor o porquê a seguir!

Os danos ambientais das termoelétricas

Como vimos, para se gerar energia termoelétrica é necessário realizar a queima de combustíveis fósseis. Estes, por sua vez, originam-se de um lento processo de decomposição de material orgânico em camadas de bacias sedimentares.

Uma vez que sua recomposição na natureza leva milhares de anos, os combustíveis fósseis são considerados não renováveis e são vendidos a um alto valor. Por esse motivo, a geração de energia termoelétrica é extremamente cara.

Além disso, a queima desses recursos é considerada danosa ao meio ambiente!

Quando derivados de petróleo, o gás natural ou o carvão mineral são queimados, gases poluentes são lançados na atmosfera, podendo causar inúmeros prejuízos ao ecossistema.

Entre esses gases, podemos citar o dióxido de carbono (CO₂) - responsável pela intensificação do efeito estufa, que, a longo prazo, poderá agravar seriamente as mudanças climáticas.

De acordo com a Empresa de Pesquisas Energéticas, em 2021, 58 milhões de toneladas de CO₂ foram gerados a partir da queima de combustíveis fósseis para se gerar energia!

O monóxido de carbono, o óxido de nitrogênio e o óxido de enxofre também são liberados pelas usinas termoelétricas. Esses gases são considerados tóxicos para a saúde humana, além de também serem responsáveis por aumentarem a acidez das chuvas, situação que colabora para a erosão e contaminação do solo.

Ademais, em algumas usinas térmicas, a água utilizada para a realização do processo de geração de energia termoelétrica é descartada, ainda quente, na natureza, o que é altamente prejudicial a fauna e flora local.

Como evitar os prejuízos causados pelas usinas termoelétricas?

Ao compreender todos os problemas gerados por meio da produção de energia termoelétrica, fica claro a importância de se diversificar a matriz energética brasileira, buscando-se investir em outras fontes para a geração de eletricidade.

Nesse sentido, o uso de recursos limpos e renováveis torna-se essencial!

A energia solar é uma excelente alternativa para atendermos a demanda energética da população e ainda protegermos o meio ambiente.

Devido à extensão de seu território e a seu posicionamento no globo, o Brasil recebe constantemente uma alta incidência de raios solares, possuindo, assim, um enorme potencial quando se trata de produção de energia solar.

Portanto, investir em incentivos, como financiamentos, a fim de incentivar a população a adotar usinas solares em suas residências, empresas e indústrias, é uma excelente forma de evitar a dependência das termoelétricas para gerar eletricidade.

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