As energias renováveis são caracterizadas como energias provenientes de recursos naturais encontrados em abundância na natureza – fontes não esgotáveis, ou seja, com capacidade de reposição no planeta.
Os exemplos mais comuns são o sol, o vento e a água, recursos muito presentes no nosso país.
O uso exagerado das fontes de energia não-renováveis nos últimos anos acendeu um grande alerta em todo o mundo.
Com a crescente preocupação sobre o futuro do nosso planeta, os meios para a obtenção de eletricidade vêm se transformando e o foco nas fontes renováveis aumentou muito com o passar do tempo.
A forma como consumimos, os nossos hábitos, o aumento da população e o impacto que isso tem causado ao meio ambiente abre os olhos do mundo para as mudanças que precisam ser feitas de imediato, colocando cada vez mais em evidência a necessidade de se produzir energia de maneira limpa e sustentável.
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre as fontes de energia renováveis e a atual situação do seu avanço no nosso país.
Boa leitura!
O avanço das energias renováveis no Brasil
O Brasil é um país que vem mostrando um ótimo desenvolvimento na produção de energia elétrica por meio de fontes renováveis.
Aproveitando desses recursos, atualmente, somos capazes de produzir três vezes mais eletricidade em comparação com outros países - é o que indica o Ministério de Minas e Energia (MME).
Com quase metade da energia utilizada proveniente de fontes renováveis, o país ocupa a terceira posição no ranking mundial, ficando atrás da China e dos Estados Unidos.
Motivos que tornam o Brasil destaque na produção sustentável de energia
A nossa riqueza de recursos naturais e localização entre trópicos – o que implica em uma alta incidência solar – justificam a facilidade que temos para produzir de forma mais limpa.
Porém, além desses fatores, existem vários outros que tornam o Brasil um destaque quando o assunto é produção de energia renovável.
A geografia única do nosso país proporciona a possibilidade de explorar bacias hidrográficas com grandes massas de água - fator essencial para a construção das hidrelétricas, que, apesar de não produzirem uma energia limpa, ainda sustentam a matriz energética brasileira.
Por que utilizar energias renováveis?
As energias não renováveis são obtidas a partir de recursos considerados finitos, pois seu tempo ou processo de restituição não acontece em um prazo que permita a sociedade de utilizá-los novamente.
Como esses bens naturais são limitados, conflitos econômicos em torno da sua exploração, em especial do petróleo, são muito comuns. Fato que torna o preço desses recursos instável historicamente.
Outra característica muito comum das fontes não renováveis é que, na maioria das vezes, a sua exploração produz resíduos extremamente nocivos ao meio ambiente.
No caso dos combustíveis fósseis, por exemplo, sua queima gera o gás carbônico (CO2), famoso por agredir a camada de ozônio. Já nas usinas nucleares, o resíduo produzido é radioativo e seu descarte, se não for feito de forma eficiente, pode comprometer a vida de todo um ecossistema.
Todos esses fatores e o aumento da preocupação com o meio ambiente pelas pessoas, empresas e governos fazem com que se aposte cada vez mais em fontes alternativas.
No caso do Brasil, investir em fontes renováveis permite que cada vez mais possamos economizar utilizando recursos limpos, atraindo os olhares do mundo para nossa nação e aumentando os investimentos e o desenvolvimento das empresas que atuam no ramo.
A energia solar como foco
Apesar de possuirmos uma rede hidrelétrica muito grande, é a energia solar a energia renovável que mais cresce no Brasil.
Mesmo em um momento desfavorável economicamente, o setor conseguiu um crescimento inesperado no número de placas solares instaladas, registrando um aumento de 70% em 2021 em comparação com 2020.
Em relação as usinas hidrelétricas, a energia solar é uma forma de produção menos invasiva para o meio ambiente, uma vez que não modifica os cursos de água, o que interfere diretamente na dinâmica biológica e física da natureza.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território brasileiro recebe cerca de 2.200 horas de irradiação solar anualmente, esse dado mostra o grande potencial de aproveitamento da energia solar no país.
Além disso, a energia solar tem tarifas mais baixas em comparação a outras fontes de energia e possui baixo custo de manutenção, o que chama atenção do consumidor que pretende reduzir os gastos.
A Agência Internacional de Energia (IEA - do ingles "International Energy Agency") divulgou um estudo que indica que a energia fotovoltaica será a número um no mundo até 2035. O Brasil caminha nesse mesmo sentindo, elevando cada vez mais o percentual de uso dessa energia.
No meio corporativo, esse avanço pode ser observado, com a criação de diversas empresas no ramo, tornando o mercado mais competitivo e cada vez mais abrangente.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a expectativa é de que, ao final do ano de 2022, o panorama seja ainda melhor do que o observado para 2021.
Já é cada vez mais comum observar placas solares instaladas em áreas urbanas ou rurais, tornando evidente que o consumidor está produzindo sua própria energia.
Atualmente, o Brasil dobrou o número de usuários de energia solar, saltando de quinhentos mil para um milhão em apenas um ano, com mais de 48 bilhões de reais investidos.
A procura por esse tipo de energia também aumentou em 50% no mesmo período.
Ainda de acordo com a Absolar, quem mais produz energia são as residências, com 76,6%, seguido pelo comércio com 13,4% e pelos produtores rurais, com um percentual de 7,6%, avançando progressivamente em todos os nichos.
O uso de energias renováveis impacta positivamente a economia, o meio social e o meio ambiente, por isso, tudo indica que o sistema energético irá continuar a ser reformulado.
Com o consumidor em busca de abaixar o custo da eletricidade e preservar o meio ambiente, a energia solar seguirá conquistando mais espaço no território nacional, alinhando desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade.
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